De volta à poesia de Jorge de Sena

Neste texto, Jorge Vaz de Carvalho faz uma retrospectiva das edições da poesia de Jorge de Sena, com apontamentos para suas obras ainda inéditas ou que só ganharam uma edição ao longo do tempo, focando nos mais recentes lançamentos de Perseguição e Coroa da Terra pela Assírio & Alvim.

Jorge Vaz de Carvalho

Como muitos grandes clássicos, Jorge de Sena é «um nome largamente conhecido, mas não forçosamente um escritor realmente lido», observou com razão Eugénio Lisboa[1]. Quem anseia pelo país literariamente culto não concebe a ausência habitual nas livrarias da sua poesia completa, uma das mais altas criações da literatura portuguesa (quem imagina não encontrar numa livraria francesa a de Aragon, numa italiana a de Ungaretti, numa inglesa a de T. S. Eliot?); nem se resigna às vicissitudes da obra, para a qual continua a faltar uma publicação sistemática e integral (esperança recente foi outra vez frustrada pela interrupção da excelente edição da Guimarães, que contava já com uma dúzia de volumes, além de alguns da correspondência). A história tem-se repetido: são retomados os títulos mais vendáveis e deixados invisíveis outros de substancial importância (muito do espólio está inédito, obras como Estudos de História e de Cultura, de que saiu apenas o primeiro volume, em 1967, não passaram da longínqua primeira edição, e a ínfima parcela do vasto e precioso acervo das cartas está publicado em vários casos com cortes de ridículo pudor), depois, a certo ponto, as iniciativas editoriais suspendem-se. No que diz respeito à obra poética, vem a Assírio & Alvim reeditar em 2021, com projecto do lançamento integral, os dois primeiros livros de Jorge de Sena, Perseguição (originalmente publicado pelas Edições Cadernos de Poesia – Lisboa, 1942) e Coroa da Terra (inicialmente editado pela Lello & Irmão – Porto, 1946), acompanhados por prefácios de reconhecidos estudiosos da obra seniana, Fernando J. B. Martinho e Francisco Cota Fagundes.

Os livros de poesia de Jorge de Sena tiveram individualmente uma única edição. Foram reunidos três vezes. Em 1961, pela Livraria Morais, Poesia-I inclui Perseguição, Coroa da Terra, Pedra Filosofal, As Evidências e Post-Scriptum, com um prefácio do autor, já então expatriado no Brasil, datado de Assis, 27 de Março de 1960; Poesia-I mereceu 2ª edição em 1977, com novo prefácio do autor – que entretanto se mudara para os Estados Unidos da América –, escrito na Califórnia, em Santa Barbara, com data de Julho de 1977; foi seguida, em 1978, por Poesia-II, que recolhe os livros Fidelidade, Metamorfoses, seguidas de Quatro Sonetos a Afrodite Anadiómena  e Arte de Música, com prefácio do autor ao conjunto, datado também de Santa Barbara, Julho de 1977; e por Poesia-III, que junta os livros Peregrinatio ad Loca Infecta, Exorcismos, Camões dirige-se aos seus contemporâneos, Conheço o sal… e outros poemas e Sobre esta praia, oito meditações à beira do Pacífico. Os três volumes, incluindo os mesmos livros, foram reeditados por Mécia de Sena, nas Edições 70, em 1988-89, com a intenção declarada de fixar o texto do corpus poético seniano. Como acontecera com a publicação anterior, as páginas não estão isentas de «mais de 450 gralhas, erros de composição, falhas de pontuação, faltas de palavras e de versos», como assinala Jorge Fazenda Lourenço, nas notas à edição que coordenou para a Guimarães (Poesia 1, 2013; Poesia 2, 2015). O critério coerente de Fazenda Lourenço foi reunir no primeiro volume os livros publicados em vida de Sena, e cujas provas pôde rever, e, no segundo, a poesia dispersa ou inédita à data da morte, editada por Mécia de Sena, além do conjunto de prefácios, um depoimento e as notas do autor a poemas. Esta acurada edição é, sem dúvida, a que oferece o texto mais fidedigno que se pode hoje conhecer, sendo a escolha óbvia para uma visão global da obra poética seniana, quer por estudiosos, quer pelos leitores em geral. A opção da Assírio & Alvim pela edição autónoma de cada livro pela ordem cronológica de publicação (como fez com outros poetas maiores, Eugénio de Andrade, Ruy Belo e Sophia de Mello Breyner Andresen) evita um novo lançamento da poesia coligida, alternativa que muito dificilmente poderia competir com o monumento de competência realizado por Jorge Fazenda Lourenço, admirável exegeta e o mais dedicado editor de Jorge de Sena com e após Mécia de Sena.

O lançamento título a título da obra poética de Sena levanta a questão do critério editorial: publicar o texto da edição original (decerto com notas das revisões posteriores), aquele que Sena corrigiu nas duas edições de Poesia-I onde os livros se incluem, ouo que Mécia de Sena apresenta nos anos 80? Para chegar à melhor fidelidade, acertado será investigar maduramente o espólio, os manuscritos, as emendas feitas pelo autor, as revisões, as anotações, comparar os livros impressos, e realizar então a ponderada e fundamentada fixação textual. Os livros agora vindos a público não indicam, porém, quem se responsabilizou pelas edições – os prefaciadores, outra pessoa? – e não esclarecem quais os preceitos metodológicos que suportam o texto que é dado ler. Que o propósito não é o de uma edição crítica (para quando será ainda adiada?) é óbvio, mas deveríamos conhecer as razões da escolha da lição perante as possibilidades que alguns poemas oferecem. E há, de facto, divergências entre as edições. Aqui, Perseguição assume não o primitivo texto de 1942, mas o que Sena reviu em 1977, sem as dedicatórias originais, que o autor eliminou, todavia, recuperadas por Mécia de Sena na edição de 1988. Lemos diferenças de pontuação: por exemplo, no poema «Comunhão», o ponto final com que no original e em outras edições versos terminam é substituído (só porque o seguinte verso começa com minúscula?) por uma vírgula. Um erro ocorre no último verso do poema «Infância»: onde todas as edições apresentam «vem», esta traz «vêm», o que modifica o sujeito, que passa a ser «os homens», em vez de a «Noite de infância», como manda a lógica do poema. Erro evidente está impresso em «A Matilha»: os antepenúltimo e penúltimo versos deverão ler-se: «desse o que desse equivalia…/ pois equivalia!…». Grave é nunca anteceder por parêntesis recto o que de um verso excede a mancha gráfica da página, permitindo pensar que se trata de um verso novo. Este defeito inaceitável teima na edição de Coroa da Terra. O texto do segundo livro de Sena diverge em várias circunstâncias das anteriores edições. Em «Lamentação» e em mais poemas inserem-se espaçamentos antes inexistentes que fazem inaugurar outras estrofes. Surgem também discrepâncias de pontuação, como no poema «Núpcias», onde é aposta uma vírgula ao verso que termina «o boletim do dia», excluída por Mécia de Sena em 1988, com a nota: «Nas edições de Poesia – I aparecia aqui uma vírgula, que não existe no manuscrito nem na edição original». O verso «sem que algum homem lhe servisse», do poema «Estupro», em vez de «qualquer homem», ignora a nota de Mécia de Sena: «Na segunda edição de Poesia – I aparece algum, sem que fosse encontrada justificação dessa alteração». Apesar de não serem estas, como se desejaria, reedições ilesas, só podemos rejubilar com a promessa de repor à disposição do grande (?) público toda a obra poética de Jorge de Sena.

Os prefácios são uma mais-valia. O de Fernando J. B. Martinho recorda o início do itinerário poético de Jorge de Sena: os primeiros versos, em 1936, a publicação, sob o pseudónimo de Teles de Abreu, do poema «Nevoeiro», em 1939, e de dois sonetos, «Mastros» e «Ciclo», no fascículo 2 dos Cadernos e Poesia, em 1940, até à estreia em livro com Perseguição, de 1942. Destaca poemas que evidenciam temáticas fundamentais do livro, a matéria poética, o fluir cósmico do tempo, a atracção do mar e a experiência marítima, a infância e a sua atenção ao mundo, o ficcionamento autobiográfico, o eu em confronto e afinidades com outros seres sujeitos ao mesmo tempo-espaço ameaçador, a inquietude sobre a condição humana e a complexa interrogação religiosa de um ser que, ansioso de transcendência e aflito de abandono, almeja para si e para a humanidade um destino divino nesta vida. Francisco da Cota Fagundes realça o muito que Sena tinha já escrito em 1946, de que Coroa da Terra constitui uma selecção de poemas organizada em livro. Lembra a condição do estudante de engenharia civil na Universidade do Porto que, no «Prefácio à Segunda Edição» de Poesia I, de si disse ser então «sem dúvida dos mais esfomeados poetas portugueses, sem metáfora, no sentido literal do termo», e aponta o carácter de «poemas-errância» criados noite fora a partir dos «hábitos peripatéticos do escritor», de experiências, observações e reflexões colhidas no «deambular ou vaguear» pela cidade do Porto (e em Penafiel). Além de explicar o carácter variamente «espacial» do livro, localiza, muito a propósito, a época que corresponde à feitura dos poemas, entre 1941 e 1944, ou seja, «no rescaldo da Guerra Civil Espanhola e em plena Grande Guerra», e durante a consolidação em Portugal do Estado Novo salazarista, com as suas úlceras de tirania e de miséria, que à consciência humanista ocasionam uma poesia de contestação e denúncia, sobre o qual o próprio Sena diz, no «Prefácio à Segunda Edição» de Poesia-I: «creio que há nele – como em todos os meus livros, de resto – alguns dos mais directos e sentidos poemas de protesto político desse tempo e depois». E encontra justas afinidades antecipatórias com o que Sena futuramente escreverá.

De facto, a conjunção de qualidades que se exigem à grande poesia é reconhecível já nestes livros de estreia: o apuro técnico e originalidade inventiva, a acuidade cognitiva e densidade espiritual, a consistência intelectual e refinada sensibilidade. O virtuosismo criativo de Sena descobre-se à-vontade nas formas fixas e variáveis, populares e clássicas (os sonetos, de «Deserto» a «Transepto», de «Exorcismo» a «Soneto de Orfeu»), no verso curto (a redondilha menor de «Elegia» e «Desdém») e no que excede os limites gráficos da página («Cântico» e «Declaração», «De onde não há nada» e «Êxodo»), o domínio da expressão revela-se tão ágil no poema breve («Lepra» ou «Advertência») como no longo («Comunhão» e «Núpcias») que forma amiúde um ciclo (de «Nocturnos» a «Andante», de «Exame» a «Génesis»), núcleos afinal do Poema que o autor quis que o livro fosse, obra unitária e não apenas agrupamento de poemas. Lemos neles o que tantas vezes divide as famílias poéticas: a densidade sintáctica e complexa elaboração imagética e a vontade de partilha comunicativa com o leitor, a irrupção da espontaneidade e do subconsciente, a par com a especulação intelectual e a consciencialização crítica. Decorrente da conhecida concepção seniana da poesia como «meditação sobre o destino humano e sobre o próprio facto de criar linguagem», esta prova: a premente perseguição (poética) do conhecimento, a inteligência sensível para interrogar e compreender os mundos interior e exterior («o haver mistérios na alma e no mundo»), referenciados na circunstancialidade e devir; a consciência magoada e indignada do sujeito, menino ou adulto, perante as agressões da vida e a lucidez emocional face à desesperada condição da sociedade; a relação precária e duvidosa do eu com o universo e a transcendência («quero duvidar, duvidar sempre»), o sentido dramático da existência sem cosmogonias fiáveis ou um Deus, no qual somos culturalmente impelidos a crer, mas cuja existência ou inexistência é afinal insignificante, sobretudo face à urgência dos problemas humanos; a busca do «tu essencial» (de que fala a epígrafe de António Machado tomada na III parte de Perseguição) e a proposta poética de celebrar com o outro a oferenda do «alimento imponderável»; a visão da criatividade estética como ascese libertadora da angústia e da morte e, deste modo, como possibilidade terrena de divinização humana.

Em relação à poesia destes dois livros exordiais, parece que os «cérebros simples» preferiram escapar à «convivência» complicada para as cabanas das «aldeias lacustres», espavoridos sob a desculpa primitiva da obscuridade, relutantes em subir da treva ao «firmamento límpido», como Jorge de Sena escreve em «Pré-História» (de Perseguição); sem o esforço para usufruir desse labor de que o poeta fala em «Os Trabalhos e os Dias» (Coroa da Terra), e que integra essencialmente a vitalidade do seu quotidiano, «como se escrever fosse respirar», criando a «iguaria» estético-espiritual que no fazer e comunicar habitual se aprende, para ser partilhada com o universo dos leitores-convivas «à mesa» da linguagem comum. Quando vieram a público, os críticos de serviço só conseguiram ler, como João Gaspar Simões, em Perseguição, que «os seus poemas são tão herméticos, tão impenetravelmente obscuros» e, em Coroa da Terra, «a hermética ininteligibilidade de muitas das suas composições»[2]. Por seu lado, Alexandre Pinheiro Torres inicia o culto e arriscado ensaio que dedicou a Perseguição constatando: «A crítica sobre a poesia de Jorge de Sena tem confessado, por ausência, a sua total incapacidade de encontrar a chave com que abra a primeira porta»[3]. Nos paratextos que escreve depois à sua poesia, Sena superioriza-se com argumentação implacável às acusações de excessivo intelectualismo, referencialidade, discursividade ou prosaísmo. Dirá: «a obscuridade é, na maior parte dos casos, um defeito do leitor»[4].  

A meu ler (pois detesto a crítica devota do relativismo, que separa a interpretação da avaliação), a poesia de Jorge de Sena é, não menos que as poéticas de Fernando Pessoa, a mais notável do século XX português. Já nos primeiros livros se afirma uma voz distinta e impetuosamente estimulante, que exige à poesia a libertação dos convencionalismos em que a normalizam ou corrompem os diversos códigos, político, social, religioso, moral e estético. O vanguardismo verbal toma-o Sena dos modernismos, mas sem roturas radicais com as tradições, antes reactualizando destas as virtualidades mais significativas como matéria para a inovação. Percebe-se a dívida para com a revista presença na valorização da autonomia estética da linguagem, no entanto, sem ceder a psicologismos alheios ao «compromisso firmado entre um ser humano e o seu tempo, entre uma personalidade e uma sua consciência sensível do mundo, que mutuamente se definem», como escreve o manifesto «A Poesia é só uma: 1940-1951», na II Série dos Cadernos de Poesia. Em Perseguição, um lustro antes do Grupo Surrealista de Lisboa (o livro inscreve epígrafes de René Char e André Breton, além de André Gide e Antonio Machado), Sena interioriza e experimenta o ímpeto libertador das técnicas surrealistas, mas converte o automatismo no que chama «reflectida espontaneidade», lanço criativo que concretiza o que fora antes concebido pela mente no acto irrefreável de escrever «sem pensar sobre o que o poema vai ser»[5], e destaca-se dos caudatários serôdios do bretonianismo, a descambar num movimento policiador e acusatório, marcado por desautorizações, cisões e expulsões, com os membros em ferozes disputas de catarismo doutrinal. Adopta uma ética literária que expõe o sentido da «dignidade humana: uma fidelidade integral à responsabilidade de estarmos no mundo»[6], escreve poemas de compromisso com o seu tempo, de indignada contestação, porém, consciente de que a revolução poética tem de ser, antes de mais, revolução da e pela linguagem, rejeita ser correligionário da comunidade neo-realista, porque nunca cairia no equívoco de uma poesia de intenção socialmente progressista mas expressão verbalmente convencional, e não aceita alienar-se a uma ortodoxia ideológica directora da criatividade. Sena esbraveja: «eu nunca fui escritor “oficial” de ninguém». Sabendo o risco que a poesia portuguesa corria de se menorizar à sombra formidável de Fernando Pessoa, abre uma nova via além do fingimento, ao contrapor-lhe a estética do testemunho, definida, como se sabe, no «Prefácio da Primeira Edição» a Poesia I (1961): uma arte de ser em vez de parecer, concebida como a transformação que o poeta opera, ele-mesmo e não outro, da própria consciência da «multiplicidade e complexidade do real» e suas «infinitas virtualidades». E não esqueçamos que o processo testemunhal não é a mera constatação pessoal da realidade, mas tem em vista na sua transformação poética, escreve Sena, «a remodelação dos esquemas feitos, das ideias aceites, dos hábitos sociais inconscientemente vividos, dos sentimentos convencionalmente aferidos»[7]. Quando a poesia, que, por resíduo romântico, se confunde com lirismo, e este «com apenas abstracções sentimentais»[8], se esgotava nos emocionalismos em que tudo se subjectiviza, quando Fernando Pessoa entregava os sentimentos e as emoções não à fala directa do poeta, mas de um sujeito esteticamente construído que os finge, Jorge de Sena escuta no eu como poeta, e poeta humano, uma voz que, ascendendo com mandato imperioso do interior de si, se revela na transformação verbal da realidade que testemunha e conhece. Tudo isto significa em Jorge de Sena a vontade, comum a Pessoa, de desprovincializar a musa nacional, de abrir o horizonte estético ao internacionalismo contemporâneo; e a insubmissão a sistemas, seitas ou escolas, perseverando em depurar a poesia de sufixos doutrinais, superando-os na criação de uma obra independente e original.

Nas edições da Assírio & Alvim há ainda que relevar as belas capas, trabalhadas sobre fotografias célebres de Jorge de Sena da autoria de Fernando Lemos. Também estas imagens são testemunhos de um poeta e intelectual que alcança na coroa da terra da nossa cultura o desejo inscrito no seu poema «Glória»: «Um dia nos libertaremos da morte sem deixar de morrer».

Jorge Vaz de Carvalho

Lisboa, Julho de 2021


[1] Eugénio Lisboa, «Breve perfil de Jorge de Sena», Estudos sobre Jorge de Sena, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1984, pág. 29.

[2] Jorge de Sena e João Gaspar Simões, Correspondência 1943-1977, Lisboa, Guerra e Paz, 2013, p. 210 e 63, respectivamente, onde se transcrevem as resenhas de Simões a Peregrinação e a Coroa da Terra, originalmente publicadas no Diário de Lisboa de 26.11.1942 e no Sol de 06.07.1946. Cf. Jorge Fazenda Lourenço, «A Crítica de Gaspar Simões a Perseguição (1942)», in Francisco Cota Fagundes e Paula Gândara (org.), Tudo Isto Que Rodeia Jorge de Sena: An International Colloquium, Lisboa, Salamandra, 2003, p. 9-19.

[3] Alexandre Pinheiro Torres, O código científico-cosmogónico-metafísico de Perseguição, 1942 de Jorge de Sena, Lisboa, Moraes Editores, 1980.

[4] Jorge de Sena, «Poesia e forma», Poesia e Cultura, Porto, Caixotim, 2005, p. 51-52.

[5] Leia-se a entrevista a Frederick G. Williams, in Jorge de Sena, Entrevistas 1958-1978, Lisboa, Guimarães, 2013, p. 437-441.

[6] Jorge de Sena (sel., prefs. e apresentação), Líricas Portuguesas, vol. I, Lisboa, Edições 70, 1984, p. 282.

[7] Idem, «Prefácio da Primeira Edição» a Poesia I, Lisboa, Moraes Editores, 1961, p. 11.

[8] Idem, «Posfácio», Metamorfoses, seguidas de Quatro Sonetos a Afrodite Anadiómena e com Um Posfácio e Notas do Autor, Lisboa, Moraes Editores,1963.

Referência:

CARVALHO, Jorge Vaz de. “De volta à poesia de Jorge de Sena”. In. Revista Colóquio/Letras. Notas e Comentários, nº 209, Jan. 2022, p. 182-188.