Cabecinha de Milreu

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Nas escavações da villa romana de Milreu, ou ruínas de Estói (distrito de Faro, Algarve), iniciadas já em fins do século XIX, dentre outras preciosidades, vieram à luz esculturas em mármore, com destaque para os bem conservados bustos imperiais, como os de Agripina e Adriano, hoje expostos no Museu Infante D. Henrique, de Faro. No entanto, a peça que mais chamou a atenção de Jorge de Sena, de apenas 29 cm. de altura, merecendo-lhe o poema de Metamorfoses, encontra-se hoje no Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa (havendo uma réplica em Faro) assim descrita (em http://www.mnarqueologia-ipmuseus.pt/?a=3&x=3&i=12):  "Cabeça-retrato de uma jovem mulher, bem modelada, de traços expressivos e grande naturalidade. Tem o nariz fragmentado e pequenas falhas na superfície do queixo e do pescoço. É um bom retrato, realista, de feições correctas, tecnicamente bem executado, boca ligeiramente torcida, de lábios salientes e nariz arrebitado, mostrando secura e decisão. Ostenta um característico penteado em "ninho de vespa", a testa curta quase desaparece sob o diadema formado por uma cadeia tripla de caracóis sobrepostos, que as damas romanas mandavam armar sobre uma rede de fio ou de metal, e na parte anterior da cabeça uma mecha de cabelo enrosca-se em largo carrapito sobre a nuca descobrindo as orelhas. A moda deste penteado foi criada por Júlia filha de Tito e esposa de Domiciano, no período flaviano, tratando-se talvez mesmo de um retrato da própria imperatriz. Esta escultura terá feito parte de um busto ou mesmo de uma estátua hoje desaparecida. Proveniente da villa romana de Milreu, este retrato espelha da melhor forma a riqueza, importância e a plena actualidade e inserção socio-política das elites municipais da Lusitânia meridional em finais do século I - inícios do século II d.C., adoptando posturas e modas estereotipadas de evidente prestígio pela sua conotação com a casa imperial".  Homenageando Jorge de Sena, a Junta da Freguesia de Estói inaugurou, em 25 de abril de 2010,  um painel de azulejos na Rua da Barroca com a reprodução do poema, tendo ao lado, em placa acrílica, a versão em língua inglesa, com a foto e dados biográficos do autor.
Nas escavações da villa romana de Milreu, ou ruínas de Estói (distrito de Faro, Algarve), iniciadas já em fins do século XIX, dentre outras preciosidades, vieram à luz esculturas em mármore, com destaque para os bem conservados bustos imperiais, como os de Agripina e Adriano, hoje expostos no Museu Infante D. Henrique, de Faro. No entanto, a peça que mais chamou a atenção de Jorge de Sena, de apenas 29 cm. de altura, merecendo-lhe o poema de Metamorfoses, encontra-se hoje no Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa (havendo uma réplica em Faro) assim descrita (em http://www.mnarqueologia-ipmuseus.pt/?a=3&x=3&i=12): “Cabeça-retrato de uma jovem mulher, bem modelada, de traços expressivos e grande naturalidade. Tem o nariz fragmentado e pequenas falhas na superfície do queixo e do pescoço. É um bom retrato, realista, de feições correctas, tecnicamente bem executado, boca ligeiramente torcida, de lábios salientes e nariz arrebitado, mostrando secura e decisão. Ostenta um característico penteado em “ninho de vespa”, a testa curta quase desaparece sob o diadema formado por uma cadeia tripla de caracóis sobrepostos, que as damas romanas mandavam armar sobre uma rede de fio ou de metal, e na parte anterior da cabeça uma mecha de cabelo enrosca-se em largo carrapito sobre a nuca descobrindo as orelhas. A moda deste penteado foi criada por Júlia filha de Tito e esposa de Domiciano, no período flaviano, tratando-se talvez mesmo de um retrato da própria imperatriz. Esta escultura terá feito parte de um busto ou mesmo de uma estátua hoje desaparecida. Proveniente da villa romana de Milreu, este retrato espelha da melhor forma a riqueza, importância e a plena actualidade e inserção socio-política das elites municipais da Lusitânia meridional em finais do século I – inícios do século II d.C., adoptando posturas e modas estereotipadas de evidente prestígio pela sua conotação com a casa imperial”. Homenageando Jorge de Sena, a Junta da Freguesia de Estói inaugurou, em 25 de abril de 2010, um painel de azulejos na Rua da Barroca com a reprodução do poema, tendo ao lado, em placa acrílica, a versão em língua inglesa, com a foto e dados biográficos do autor.